terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Post nº 86

VITELLIUS  -  O  IMPERADOR  GLUTÃO  QUE  FOI  LINCHADO  PELA  PLEBE  NAS
RUAS  DE  ROMA

A plebe arranca o glutão imperador Vitellius do seu esconderijo
e o leva às ruas para linchá-lo
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Por quase um século, desde a subida de Augusto ao poder em 30 AC até a queda de Nero em 68 DC, Roma gozou de paz interna sob o comando de líderes como o ótimo Augusto, os bons Tibério e Cláudio, e até mesmo os péssimos Calígula e Nero, cujos absurdos não foram muito além das suas Cortes para perturbar a paz geral. Mas quando as legiões da Gália e da Espanha rebelaram-se em 68 DC contra a insensata tirania de Nero, fazendo-o suicidar-se, a longa paz acabou e a anarquia a substituiu, fazendo cinco imperadores sentarem no trono imperial em menos de dois anos, sendo que três deles sentaram-se por tão pouco tempo que mal puderam esquentá-lo. O último dos três foi Vitellius, um gordo aristocrata romano preguiçoso e comilão, que seria bom chefe de cozinha e ótimo gerente de restaurantes se não escolhesse ser mau chefe militar e péssimo gerente de impérios.

Galba era bom general, mas era mau político. Muito correto e honesto, caiu
no desagrado dos corruptos pretorianos e eles o assassinaram

O general Galba, sucessor de Nero, era homem idoso e decente, mas desconhecia as nuances da sociedade civil, nada sabia da Corte e não tinha experiência política ou administrativa, por isso desde o início o seu governo foi um desastre de relações públicas e algumas de suas boas medidas foram feitas sem habilidade, criando-lhe censuras em lugar de aplausos. Ao invés de dissolver a viciada Guarda Pretoriana e substituí-la por batalhão dos seus fiéis soldados, quis reformá-la e moralizá-la, tornando-a sua inimiga mortal. O resultado é que tão logo a cidade foi pacificada e o exército voltou aos quartéis, guardas instigados por Othon, ex-cortesão de Nero, assassinaram Galba antes que ele sequer esquentasse o trono. Othon foi aclamado novo imperador provocando graves discórdias no Senado e no exército, disso aproveitando-se Vitellius, indolente governador da baixa Germânia, para desafiar Othon e reclamar o trono. Ele gozava do apoio das tropas da Germânia porque a estas não impunha qualquer disciplina e as cumulava de benefícios, vez que ocupando todo o seu tempo com farras e banquetes pouco se importava com a administração, a eficiência do exército e a defesa das fronteiras a seu cargo. Após dar gorda gratificação à soldadesca, encarregou seus melhores oficiais de comandarem o exército rebelado e marchar sobre Roma, enquanto ele na retaguarda os acompanhava a uma distância segura com luxuoso séquito, como se estivesse em divertida excursão, fazendo apenas o que sabia fazer bem: preguiçar, comer e beber!

Vitellius era bonachão e preguiçoso, mas era sobretudo um glutão que se
preocupava mais com comidas e bebidas do que com o Império

Durante o percurso, bajuladores lhe traziam o que na região havia de mais requintado em comida e bebida. Nas cidades onde passava, reunia os principais cidadãos e os oficiais em banquetes esplêndidos, enquanto a soldadesca, livre de qualquer disciplina, imitava-o e fazia parecer que no seu acampamento se festejava perpétua bacanal. Assim, cruzaram a Itália na época da colheita devastando, pilhando e violando como se estivessem em país inimigo, mas a sua má conduta não causou falta de apoio e, sem nem ao menos se dar ao trabalho de assistir a batalha, derrotou o exército do seu rival Othon, que não quis sobreviver à derrota e suicidou-se (15-4-69 DC).

Ao aproximar-se de Roma, Vitellius decidiu lá entrar de couraça e espada como um conquistador que conduzia adiante de si o senado e o povo, mas os seus amigos disseram-lhe que seria levado no ridículo, pois todos sabiam que ele não lutara e nem sequer vira a batalha que lhe dera a "vitória". O vaidoso gorducho desistiu da tola fanfarronice, porém em seu discurso aos senadores e ao povo, agradecendo as insignias imperiais, exagerou nos auto-elogios e provocou enorme gargalhada quando falou da sua "temperança e incansável dedicação ao trabalho". Mas no fim todos o aplaudiram, apesar de conhecerem de sobra sua glutoneria, preguiça e vergonhosa devassidão.

Como o seu séquito de comilões e beberrões entrara em Roma sob gerais aplausos das massas, ele tratou de cortejá-las com magníficos espetáculos no circo e distribuição gratuita de rações dobradas, mesmo estando o Estado falido e o Tesouro vazio. Porém, de um modo ou de outro, arranjou dinheiro e por alguns meses Roma foi palco de permanente festa, enquanto nas horas vagas ele adotava algumas boas medidas, como a de restaurar a autoridade do Senado, ao qual ia com assiduidade ganhando a simpatia de todos. Isto não quer dizer que fosse isento de crimes e crueldades, mas na época as infâmias da tirania eram corriqueiras e todos as tinham como naturais, sobretudo porque Vitellius parecia ser inofensivo devido à sua conduta simplória, típica dos gordos comilões que se ocupam mais de comida que de política. Por isso ninguém estranhava suas atrocidades e até as aplaudia por serem quase sempre cometidas sob a justificativa de “defesa da república”.

Os banquetes e festins de Vitellius superaram os de Nero em abundância de comidas e bebidas finas

Apesar de lhe render simpatias, seu procedimento bonachão era toldado por sua mania de festas e banquetes, a eles dedicando-se com exclusividade após entregar a administração do Império aos seus íntimos assessores Valens, Cecina e Asiático. Nesses meses sinistros, em que três imperadores morreram violentamente em meio a guerras civis e Roma precisava com urgência de líder sério que lhe curasse as feridas, a principal ocupação de Vitellius foi procurar novos meios para estimular o apetite. Chegando a banquetear-se cinco vezes por dia, convidava-se para almoçar na casa de um amigo, jantar na casa de outro, lanchar com um terceiro e cear com um quarto, todos apostando para ver quem o trataria mais esplendidamente. Porém seu irmão Lúcio os venceu, servindo-lhe dois mil pratos de peixe e sete mil de aves, as mais delicadas trazidas de todos os recantos do mundo. O próprio Vitellius imaginou prato chamado “Escudo de Minerva” por sua grandeza prodigiosa e que reunia os mais refinados manjares capazes de lisonjear o paladar. Eram miolos de faisões, fígados de sargos, ovas de lampreias, línguas de aves, araras de mil cores tiradas da gaiola na hora certa, sendo as fêmeas surpresas sobre as suas ninhadas e os machos tirados do seu sono porque a inquietação fazia do seu fígado delicioso manjar. Eram ovas de peixe tiradas do fundo dos lagos com aparelhos de pescar pérolas; outros peixes vinham a Roma na mesma água em que tinham sido pescados; cogumelos tinham seus nascimentos espreitados nas noites úmidas antes de serem colhidos para a mesa do imperador; frutas ainda nas árvores, levadas em caixas com a mesma terra onde cresceram, eram trazidas para que Vitellius as colhesse e gozasse das primícias do seu perfume e lanugem.  

Por onde passava era preciso ter manjares preparados, do contrário lançava-se a tudo que estivesse ao alcance dos seus dentes e chegou até a devorar as oferendas depositadas pelos devotos no altar dos deuses. Em pouco tempo gastou novecentos mil sestércios em banquetes e outro tanto em estrebarias para animais do circo, corridas e lutas de gladiadores e de animais ferozes. Para adular a plebe, que muito usufruíra das loucuras de Nero, gastou uma fortuna promovendo-lhe esplêndido funeral para grande alegria da gentalha e profunda indignação das pessoas decentes.

Vespasiano era bom general, mas ao contrário de Galba era bom político, por
isso calculou bem sua campanha e não deu chance ao adversário

Mas enquanto reinava o descalabro em Roma, o general Vespasiano, competente governador da Síria, preparava o seu golpe. Ele recebera bem a notícia da subida ao trono do decente general Galba e lhe dera seu apoio, mas quando soube que ele fora assassinado por cortesãos ambiciosos e pretorianos corruptos, resolvera tomar o poder e por ordem na casa. O seu exército era o maior e o mais poderoso do império, pois tinha a seu cargo o Oriente Médio e a problemática fronteira com o Império Persa, mas estava empenhado em duríssima guerra no Reino da Judéia, protetorado romano que sob a liderança de fanáticos religiosos rebelara-se algum tempo antes. Ele varrera os rebeldes do interior do país e os acuara em Jerusalém, onde agora estavam cercados e lutavam com feroz determinação. Diante da dificuldade da guerra e sabendo que Othon vira-se às voltas com a revolta de Vitellius após sentar-se no trono, resolveu adiar o seu projeto até que as coisas ficassem mais claras e esperou. Com o suicídio de Othon e a vitória de Vitellius, viu que sua hora chegara e com o general Tito, bravo filho que o ajudava na luta contra os judeus, traçou seu plano. Sendo seu exército muito grande, o dividiu em três: o primeiro ficaria sob o comando de Tito cercando Jerusalém, operação que dispensava abundância de tropas; o segundo marcharia pelos Bálcãs sob o comando de general Muciano e invadiria a Itália pelo norte; finalmente, o terceiro marcharia pelo litoral da África mediterrânea sob o seu comando e invadiria a Itália pelo sul. Assim foi planejado e assim foi feito sem pressa e sem afobação, pois Vespasiano acreditava que face à incompetência de Vitellius, era provável que seu governo e exército se desintegrassem antes de combater.

A maioria das províncias do império aderiu a Vespasiano, porém as províncias ocidentais, sobretudo Gália, Espanha e Britânia ficaram divididas porque Vitellius as cobrira de favores e privilégios. Mas nem todos eram tão gratos, e Cecina, artífice da sua vitória sobre Othon e chefe do seu exército, o traiu. Não obstante esse revés, o gorducho imperador mostrou que graças à sua largueza possuía muitos amigos e soldados fiéis não só nas províncias ocidentais, mas na própria Itália, todos dispostos a combater por ele. Entre estes estava o valoroso general Valens, que com grande habilidade conseguiu organizar a resistência, inclusive obtendo o decidido apoio da estratégica cidade de Cremona no norte da Itália. Com o exército acampado próximo às suas muralhas, ele decidiu cortar o avanço dos rebeldes, mas foi uma atitude suicida porque, apesar dos seus esforços, não tivera tempo de restituir eficiência ao exército e suas indisciplinadas tropas foram massacradas. Cremona foi cercada, tomada e destruída pelo inimigo vitorioso, não sem antes ser saqueada e ter sua população civil submetida aos piores horrores. Valens conseguiu fugir e dirigiu-se à Gália, onde planejava organizar novo exército com os partidários que lá possuía, mas no caminho foi preso e executado.

Enquanto tudo isso se passava e milhares morriam por ele, Vitellius permanecia indiferente ao futuro, distribuindo benesses e favores a mancheias, bebendo, comendo e entregando-se aos prazeres da sensualidade como se somente o hoje existisse e o amanhã fosse apenas uma abstração distante que jamais chegaria. Quando finalmente viu que não mais poderia ignorar o perigo, convocou enorme comício e com lágrimas, súplicas e promessas recrutou avultado número de vagabundos que se disseram dispostos a lutar por ele até o fim. Os seus oficiais organizaram os “recrutas” em um simulacro de Legião para opor-se ao aguerrido exército rebelde, porém bastou a notícia de que este tinha cruzado os montes Apeninos com a rapidez do raio para que eles desertassem aos bandos, principalmente quando portadores neutros levaram a Roma a cabeça sangrenta de Valens, última esperança dos vitelianos. Estes, após ignorar a realidade e derramar rios de sangue em luta inútil, tentaram encerrá-la persuadindo Vitellius a renunciar. Ele estava propenso a fazê-lo, mas a turba se opôs e o indeciso imperador resolveu adiar o assunto enquanto comia e bebia ainda mais.

A plebe rebelada com a notícia da renúncia de Vitellius incendeia o Capitólio, mata Sabino,  governador
de Roma e irmão de Vespasiano, e dá seu apoio ao imperador glutão

Roma tinha por governador Sabino, amigo íntimo de Vitellius e irmão de Vespasiano, que ficara neutro enquanto oferecia sua intermediação para que se chegasse a um acordo e a luta terminasse. Ele fez o irmão garantir que Vitellius nada sofreria e poderia retornar tranquilamente à vida privada caso renunciasse, mas quando se espalhou o boato da provável renúncia a turba foi tomada de frenesi inconformista e rebelou-se, invadindo e incendiando o Capitólio. No meio do tumulto, o cauteloso governador Sabino foi assassinado, extinguindo-se a última possibilidade de um acordo satisfatório. Mas, ao invés de lamentar a desgraça e punir os culpados, Vitellius iludiu-se com o ilusório apoio da multidão e julgando-se forte resolveu jogar na espera de um milagre que o conservasse no trono. Por isso mandou emissários aos rebeldes, comunicando-lhes que precisava de mais tempo para se decidir. Eles estavam furiosos com o assassinato de Sabino e responderam que não mais esperariam. No dia seguinte invadiram Roma massacrando os últimos partidários de Vitellius, mas nem assim ele foi capaz de buscar um fim digno, suicidando-se como Othon ou apresentando-se altivamente na entrada do palácio imperial para render-se e enfrentar o seu destino nas mãos dos vitoriosos. Ao invés disso, escondeu-se em um covil onde foi descoberto por vagabundos que aproveitavam a balbúrdia para saquear e destruir, como sempre acontece nas ocasiões anárquicas.

A plebe raivosa com o boato da renúncia do imperador invade o Capitólio e
mata Sabino, mas logo depois também mata Vitellius de modo infame 

Sem surpresa para os que sabem o quanto a populaça é volúvel e cruel, sempre disposta a depositar sua duvidosa lealdade aos pés de quem lhe dá mais, a mesma canalha que até o dia anterior jurava lutar e morrer por Vitellius resolveu com ele divertir-se perversamente e bajular o vencedor com espetáculo da mais vil baixeza. Após o espancarem brutalmente e o deixarem seminu, amarraram-lhe os braços nas costas e ataram-lhe uma corda no pescoço para puxá-lo pelas ruas, chicoteando-o como a um animal, em meio a insultos e gargalhadas. Durante o torpe linchamento, o desgraçado Vitellius repetia, lembrando aos seus algozes: “todavia eu já fui vosso imperador e todos vocês me adoraram”!

Por fim, quando ele já era somente uma posta de carne e sangue disforme, sem condições de continuar andando e apanhando para sórdido divertimento da plebe traiçoeira e cruel, o mataram (20-12-69 DC) e jogaram seu cadáver no rio Tibre rindo e cantando como se fosse uma festa: “tu que comeste tantos peixes vais agora ser por eles comido”!

Linchamento e assassinato de Vitellius nas ruas de Roma - 20.12.69 DC

O infame linchamento de Vitellius não foi o fim da anarquia, pois a vanguarda do exército rebelde que ocupou a cidade queria vingança pela resistência encontrada no caminho e o apoio que os citadinos tinham dado a Vitellius. Eles sabiam que mesmo o seu linchamento fora feito pela turba irresponsável por mero divertimento e maldade, pois dele só recebera benesses, por isso deixaram que se devorassem entre si, com grupos de desordeiros roubando e incendiando ricas mansões cujos donos não tinham guarda numerosa o bastante para defendê-las. Muitos assaltantes, vários guardas e alguns proprietários imprudentes que ficaram para defender os seus bens morreram durante os saques e depredações. A anarquia só cessou quando Vespasiano chegou a Roma com o grosso do exército e sumariamente prendeu e executou os criminosos, porém meses se passariam antes que as feridas causadas pelos quase dois anos de tumultos que se seguiram à morte de Nero fossem curadas e ele pudesse de fato começar a governar.

Devido à sistemática destruição nas mãos de Papas e Cardeais na Idade Média, o Coliseu virou uma ruína,
mas foi uma das mais notáveis edificações de todos os tempos e ainda hoje impressiona

Vespasiano viu com acerto que a principal fonte de instabilidade era a multidão de desocupados que vivia em Roma improdutivamente do "pão e circo" dado por imperadores populistas e irresponsáveis, como Nero e Vitellius, por isso iniciou enorme programa de obras públicas capaz de dar emprego a milhares de ociosos. Se eles agora quisessem "pão" teriam que trabalhar duro para ganhá-lo. Entre estas obras, planejadas e executadas por equipes de ótimos engenheiros, estava a maior, mais funcional e mais imponente edificação da antiguidade clássica, destinada não só a imortalizar o nome de Vespasiano, mas também a se tornar o símbolo de Roma nos séculos vindouros: o Coliseu!  


7 comentários:

  1. oi quando vai atualizar seu excelente site ?

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  2. "Devido à sistemática destruição nas mãos de Papas e Cardeais na Idade Média, o Coliseu virou uma ruína..."

    - Por favor, nobre Virgílio, poderia elucidar aqui isso ou dedicar um post? Fiquei muito curiosa, obrigada desde sempre!

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    1. Maya,
      Roma decresceu muito economicamente durante a Idade Média e sua população encolheu, mas devido ao Papado continuou cheia de cardeais e de nobres riquíssimos que rivalizavam uns com os outros em matéria de palácios, conventos e igrejas. Quando queriam construir ou reformar um deles mandavam buscar mármores e estátuas no abandonado Coliseu. Este, portanto, virou uma fonte de material de construção barato para os "donos do poder" e foi dilapidado ao longo dos séculos. Quem causou a ruína do gigantesco edifício não foi o tempo, foi o homem!

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    2. quais foram os últimos povos a falarem o latim depois que Constantinopla caiu?

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    3. O latim foi se misturando com outros idiomas falados nas províncias ou trazidos de fora pelos invasores bárbaros. Foi mudando ao longo do tempo e deu origem aos ditos "idiomas neo-latinos": italiano (o mais próximo do latim), espanhol, português, francês e romeno (o mais distante do latim). Após o fim do Império (476) ele continuou a ser o idioma dos intelectuais, dos governos, dos tribunais e da Igreja. Até o século 18 todos os tratados científicos e filosóficos eram escritos em latim, mas ainda no século 13 a literatura passou a ser escrita em "vulgar" (como eram chamadas as línguas faladas pelo povo. Dante foi o 1º poeta a escrever em italiano). Logo o Direito aderiu ao "vulgar" e no final do século 18 a coisa se generalizou. Hoje o latim é usado só nos documentos oficiais da Igreja (encíclicas e bulas)

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    4. Constantinopla nunca falou latim. O idioma comum era o grego e o latim era usado só pelo governo e pela Igreja. Após o cisma do século 10º, ambos trocaram o latim pelo grego.

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  3. Adorei, fantástico, parabéns. Consigo ver grandes paralelos com a realidade atual onde o povo é usado como massa de manobra, jogado na ignorância e as elites brigam entre si para manterem privilégios regalias insustentáveis pela nação e que um dia pode resultar em um caos e anarquia que quase ninguém escapará.

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